Eu sempre gostei desta frase, título do livro mais contundente de Willian Faulkner. Era bom saber que além de mim, um escritor tão fodido também pensava desta maneira. Vida deveria ter trilha sonora, vida deveria ser sempre “furiosa”, no sentido de levá-la com entusiasmo, com inspiração, com vontade!
Mas nem sempre as circunstâncias são favoráveis a toda esta fúria. A gente deixa de ouvir os sons que fazem a diferença, não repara nas cores que estão a nossa volta, espera sempre mais de quem está muito aquém de nossas expectativas. E a vida vira uma coisa morna e sem graça.
E daí de repente você cansa e resolve atirar! E você é premiado pela ousadia: o universo diz amém e as coisas começam a acontecer do seu jeito, na sua velocidade, com a pessoa que você quer e, olha só, ela está bem além do que você poderia considerar bom!
E isso é reconfortante, e isso é legal, e isso faz você perder o ar, e faz você acreditar, e faz você mergulhar sem olhar o que está lá embaixo. Pelo prazer de sentir o sangue pulsar mais rápido, o corpo ficar quente, o coração acelerar! A vida volta a ter som, ela volta com toda a fúria!
O som de hoje é do Ira e a minha fúria é você!
2 comentários:
Deixa eu ser o chato de plantão, mas o título do livro de Faulkner foi inspirada em uma passagem de Macbeth, cujo autor você sabe quem é:
"(a vida)é uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada”. Não precisa agradecer.
Querido chato,
Eu conheco o poema do Shakespeare ao qual se refere, e sei sobre a história do título do livro de Faulkner, só que isso tudo não cabia no texto, concorda? É uma declaração de amor, não uma resenha de livro, mas valeu assim mesmo!
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