A gente ama e odeia, perdoa e culpa, ri e chora, tem fé e dúvida, habitua-se e perde o hábito, tem coragem e tem medo, e mais um monte de dicotomias que carregamos todos os dias conosco.
Diante de uma realidade como esta, a questão que fica é: quem foi o babaca que disse que o segredo de tudo é a simplicidade? Nós não somos simples!
É nosso exercício diário sermos complexos. É de nossa natureza ploblematizar questões, perguntar-se a que veio, pra onde vamos, desejar o melhor, desejar o pior, querer mudar de vida, querer dar o melhor a quem ama, correr atrás do que se quer, largar tudo, virar hippie, ir morar em Jericoacoara.
A vida não é simples e ela precisa ter seu valor reconhecido. Por que ela não passa de um acaso. O Big Ben tinha uma chance em um milhão para acontecer. E ele aconteceu, e o universo começou a se expandir, e os planetas surgira, e começaram a girar em torno do sol. E o primeiro sopro de vida, seres unicelulares surgiram e evoluíram e deram espaço ao que somos hoje: milhares de anos de evolução, "o tele-encéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor" tão bem explicado no documentário Ilha das Flores.
Durante muito tempo eu tentei ver a vida de uma maneira simples pra tentar facilitar, mas eu só conseguia ser rasa e deixava um monte de coisa pra trás. Não dá pra ser assim, é contra a nossa natureza. Eu quero o complexo, o que arde, o que me provoca, o que me coloca em dúvida e me faz ir além! Vale cada gota de suor, vale cada lágrima de alegria ou de tristeza, vale absolutamente tudo porque coloca no meu caminho o que eu chamo de felicidade e que eu quero pra mim. Não pode ser simples, não pode ser fácil. Tem que ser conquistado!
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