Eu me
mudei de São Paulo em 2007 por conta de um rompimento afetivo. De repente, a
maior cidade da América Latina ficou pequena demais para nós dois. Araraquara
foi meu sanatório - a cidade do Caibar era propícia, né?
Em 2010,
quando eu voltei à capital, o que havia ficado escondido, por tanto tempo, deu
as caras e foi como um trator. Mais uma vez, resisti. Até que não deu mais.
Então, eu
deitei no divã de Sigmund, a primeira vez que fiz isso, e disse em alto em bom
som: "eu odeio ter sido rejeitada". Repeti a palavra rejeitada até ela simplesmente descer sem travar pela minha garganta.
E eu saí
de lá curada! Dez anos depois, eu estava pronta para cruzar qualquer esquina, me encontrar com ele e seguir adiante.
Eu estou
apaixonada. Aparentemente mais um fracasso - sou destas! É muito difícil para
mim assumir esse tipo de sentimento. Porque eu sou racional e paixão é um sentimento que eu detesto. O controle é meu sempre, não quando estou apaixonada!
Estava meio angustiada, meio triste, meio entediada. Então,
numa conversa sem grandes pretensões, eu apenas entreguei a toalha e disse: “eu tô sofrendo, porra! Eu estou sofrendo porque acho que estou gostando de alguém, não estou sendo correspondida e eu não sei lidar com essa merda toda"!
Ufa!
Tenho
certeza que isso passa, da mesma forma como já passou tantas outras vezes, mas
agora eu sei que vai ser mais rápido. Quem sabe, amanhã mesmo!
Também vou me
permitir chorar. Não mais que três dias. Oscar Wilde dizia que sofrer por amor
mais que três dias é falta de educação. Sou uma moça educada!
No mais, seguimos, porque como canta Gal, respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minhas risadas!
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