quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Catarse para se purificar de uma aventura qualquer

Eu deveria começar com uma freudiana, mas preciso de uma catarse primeiro! O termo catarse remete-nos a Aristóteles e significa purificação que se atinge por meio de uma dramatização. Bem, eu não vou dramatizar nada porque tenho mais o que fazer, mas vou começar escrevendo sobre algo que preciso tirar de minha mente para conseguir tranqüilidade e seguir enfrente! Isso é para alguém que deveria ter sido importante apenas por um breve momento, mas conseguiu ir além disso. Não escrevi coisas ruins porque a idéia é purificar, então, vamos tentar!


TOP FIVE - GOOD MOMENTS WITH YOU
1) Quando você veio em minha direção e me beijou ao lado da lata de lixo da estação Consolação. A imagem não é das melhores, mas o momento sim e o nome do lugar agora soa bem irônico;

2) Ficar se beijando praticamente um dia inteiro e, entre um beijo e outro, poder conhecer melhor a sua natureza;

3) Despedir-se, despedir-se de novo, e mais uma vez, e mais outra até ter coragem de ir embora definitivamente. Fazer isso é bobo, mas a lembrança que fica é extremamente doce;

4) Ficar deitada ao seu lado no chão sujo do Vale do Anhangabau, desejando em vão, ter te conhecido em um outro momento e encontrar a paz efêmera e reconfortante em seu abraço silencioso;

5) O último beijo é tão importante quanto o primeiro, não somente por ser o último, mas por ser o responsável por fazer com que, insistentemente, revisitemos nosso passado.

Freud explica: O medo de nos entregar à nossa natureza instintiva animal está intimamente relacionado com o medo de perder o controle racional sobre nós mesmos.

Em resumo, racionalizar o amor é pura perda de tempo. Se estiver com alguém que faça isso, nunca vai aproveitar tudo de bom que os instintos de vida - a própria Eros - podem te dar! Viver com medo é estar morto em vida. Você precisa disso? Eu não!

Nenhum comentário: