quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Do porquê não nasci barata

Não importa muito quem eu seja, importa saber que, como todo mundo, já acertei pra caralho na vida e também já fiz muita merda, nos sentidos figurado e literal - tomo muito iogurte e não sou uma pessoa enfezada!

O que quero dizer é que é extremamente difícil ser humano, pior ainda quando se está sozinho e se tem a oportunidade de analisar tudo que, se pudesse voltar no tempo, faria diferente. Bem, eu acredito que faria tudo de novo, mas de outros jeitos. Terminaria uma coisa para começar outra, sem atropelos, sem magoar quem amo, sem decepcionar quem tinha total confiança na minha integridade. "Eu tinha caráter até conhecer certa pessoa", parafraseando Nick Hornby no livro Alta Fidelidade.

Nestas horas, sozinha, tendo a minha frente todos os meus erros, pego-me a questionar: por que diabos eu não nasci uma barata? Não seria muito mais fácil encarar minha existência, se eu fosse apenas um inseto? Não que eu me considere um, pelo contrário, I'm so good!

O que quero dizer é que ser uma barata deve ser muito fácil. Ela não se preocupa se transmitirá hepatite e outras doenças para quem comer o bolo pelo qual ela passou. Ela não está nem aí para o asco que provoca em determinadas pessoas, só pela sua simples presença nos lugares e, ao contrário do que diz a música, ela não precisa mentir para se sentir melhor que os outros, afirmando que "tem sete saias de filó" quando na verdade não tem nenhuma!

Já eu, enquanto ser humano, superior a vocês porque sou analisada e leio Freud, é verdade, tenho tantas dúvidas, angústias e incertezas que não pensaria duas vezes em virar uma barata, desde que não precisasse pensar em mais nada. Por que pensamos tanto? Por que não somos capazes de dominar e priorizar os pensamentos que são mesmo importantes?

Freud explica: no momento, Freud está em atendimento e só poderá colaborar com este blog amanhã.

Ok, amanhã Freud tentará elucidar esta questão, pois hoje o tempo já foi excedido! Por alguma razão, sinto que estou mais alucinada que o habitual...

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