domingo, dezembro 31, 2006

Tormentos para uma noite de insônia

O sonífero acabou e o dinheiro para comprar a nova dosagem também. Para piorar, tomei mais de um litro de café - isso não costuma ser problema - mas às vezes acontece de eu ficar meio desnorteada, completamente eufórica.

Agora, cá estou à 1h30 da matina, ouvindo Lobão, no último volume, cantando "vida bandida" e esperando desesperadamente que Morfeu me leve para seu reino, mas ele não chega.

Enquanto isso, faço coisas como mandar mensagens de ano novo que jurei a mim mesma que não faria, vendo as fotos sobre a execução de Saddam Hussein que também jurei a mim mesma que não veria, olhando a previsão do tempo para a semana da viagem, brigando com o gato que insiste em se deitar sobre o teclado, planejando a maquiagem que usarei para as fotos com as expressões faciais ensinadas pelo Zé do Caixão e evitando ouvir meu filho da puta interno que tenta de todas as maneiras esfregar na minha cara que realmente estou encrencada e preciso pensar em como sobreviver no ano que vem.

Para completar a lambança, meu inferno astral começa na segunda-feira, ou seja, as coisas só tendem a piorar. Agora é sério, se nada der certo eu viro hippie e não se fala mais nisso. A propósito, me entreguei à insistência do gato e deixei ele se deitar na mesa. Mais uma batalha perdida.

"eu não quero mais nenhuma chance, eu não quero mais revanche..."

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