quinta-feira, março 08, 2007

Às mulheres, com carinho

Well, não é porque eles querem me matar socialmente e são a maioria que eu vou me entregar de graça!

Com uma hérnia de disco imensa, uma dor horrenda no ciático, manca de uma perna, mas ainda viva, abdiquei de minha hora de almoço e fui participar da Marcha Mundial das Mulheres que, neste ano, tem um ingrediente a mais: Bush está no meio de nós, como não protestar?

Fiquei lá apenas uma hora, ao lado dos companheiros humanistas e, não tem jeito, é fazendo isso que me sinto viva, que tenho esperança nas pessoas, que volto a acreditar no ser humano, que consigo entender o quanto é importante sair da teoria para entender, na prática, o valor de poder se manifestar, da liberdade de expressão, do direito de ir e vir!

Infelizmente, o que era para ser uma manifestação democrática virou pancadaria! Acabo de saber que manifestantes e policiais entraram em confronto. Pessoal do movimento está bem, fico aliviada, mas, puta que pariu, as coisas não poderiam apenas ser perfeitas?.

Bem, fica trecho retirado do site da marcha para que possamos saber pelo o que lutávamos e porque nos atiraram bombas!

Marcha Mundial das Mulheres
O dia 8 de março é o dia de luta das mulheres. A Marcha Mundial das Mulheres está organizando manifestações em diversos estados, onde as mulheres irão para as ruas mostrar ao Brasil que feministas em luta podem mudar o mundo, nosso país e nossas vidas.

Vamos dizer basta à sociedade de mercado, ao livre comércio e às transnacionais que impõem as mulheres padrões de consumo e beleza, modos de vida, que não respeitam a cultura dos povos nem o meio ambiente.

A soberania alimentar é uma de nossas propostas de alternativa a esse modelo. Para efetivar a soberania alimentar e a reforma agrária, lutamos contra o agronegocio e a produção voltada para a exportação.

Vamos denunciar que a violência sexista, em todas as suas formas, tem como seu fundamento a opressão das mulheres. No campo e na cidade, lutamos por uma vida sem violência.

Vamos dar visibilidade ao trabalho das mulheres, mostrando ao país que as mulheres estão nos empregos mais precários, sem direitos e que continuamos recebendo menos que os homens pelo mesmo trabalho. Além disso, vamos às ruas reivindicar que a responsabilidade com o trabalho de cuidado e com a reprodução da vida humana deve ser compartilhada com os homens, a sociedade e o Estado. Seguiremos lutando pela valorização do salário mínimo, para combater a pobreza e aumentar a autonomia das mulheres.

Vamos às ruas lutar por nossa autodeterminação, pela liberdade e garantia de poder decidir nosso destino. Vamos lutar para que nossas escolhas sejam respeitadas e para que haja condições concretas para realizá-las. Por isso lutamos pela legalização do aborto e denunciamos a imposição da maternidade com destino obrigatório para todas as mulheres.

Mulheres em movimento mudam o mundo!

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