Coisas estranhas também acontecem com os psicanalistas e mesmo Freud sendo que é, não poderia fugir à regra. Certa tarde, uma Alice com os cabelos desgrenhados, rosto vermelho e lágrimas nos olhos adentra seu consultório, deita no divã e espera a pergunta...
Freud: o que houve?
Alice: perguntei ao coelho se ele me beijaria...
Freud: qual foi a resposta?
Alice: o sim mais seguro que já ouvi em minha vida.
Freud: e então?
Alice: pensei que somente o sim seria suficiente. Eu conhecia a resposta, mas queria ouvi-la. eu ouvi e quis mais, eu quis muito mais, mas ir até o final seria minha desgraça!
Freud: de onde vem tanta certeza?
Alice: de que ele não pertence ao meu mundo, nunca estaria comigo por inteiro e perder alguém que, por um certo tempo, fez eu me sentir alguém muito especial, mas que isso, dizer não foi muito difícil.
Freud: foi a melhor decisão?
Alice: ainda desejo, ainda quero, ainda fantasio, mas pela primeira vez permiti a mim mesma dizer não, porque dizer sim seria minha mais nova perdição, a repetição de algo que prometi a mim mesma não fazer mais, mas eu queria tanto.
Freud: então você conseguiu...
Alice: digo a mim mesma que sim, mas não me convenço. Porque acho que não lutei pelo que queria, mas o que eu queria não me faria bem. Ele é apenas o coelho correndo contra o tempo. E eu? Eu sou sua madame, seu brinquedo...
Freud: o que quer provar, Alice?
Alice: o que quero entender é a pergunta! Por que nos sentimos na obrigação de viver sempre no limite, intensamente, arriscando, mostrando aos outros e a você mesmo que tem poder? Por que a brisa suave não pode ser o caminho escolhido? Por que parecemos meio bobos quando escolhemos o caminho tranquilo? Quando escolhemos a proteção?
Freud: intensidade demais pode causar ataques cardíacos...
Alice: ufa, me livrei de uma!
3 comentários:
melhor parecer meio bobo.
até pq tudo é uma grande bobagem.
abraço.
nunca tinho lido um texto tão ridículo em toda minha vida
Rídiculo? Sabe que realmente já fiz coisa melhor mesmo?
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