terça-feira, outubro 02, 2007

Dores da alma


Às vezes se deixava levar por sentimentos que estavam em seu mais profundo. Deixava que fluíssem porque de alguma maneira, ali, tão bem escondidos, pareciam não estar servindo ao seu propósito. Então os libertava e se libertava. Sabia, quase sempre, o que certas coisas podiam causar, mas saber nem de longe é o mesmo que vivenciar e vivenciar pode ser imensamente doloroso. A última noite foi para ela a mais dolorosa de todas. Sentia como se alguém houvesse pego seu coração e o apertava entre os dedos, provocando uma dor absurda. Não adiantava chorar, não adiantava implorar que parasse, ela somente sentia, e sentia, e sentia. O que aliviava era saber que um dia tudo aquilo passaria, não há nada melhor que permitir ao tempo fazer sua parte. Mas, ela se perguntava, que tipo de marcas ela carregaria para o resto da vida? Qual delas ela escolheria. Ela não sabia e isso era seu maior tormento!

Um comentário:

Paulo Bono disse...

realmente o tempo é mertiolate e arde um pouco. mas o melhor é que ela tem escolha.

abraço, dona Lola