quarta-feira, novembro 07, 2007

Por que não estar aqui


Coisas ruins têm acontecido. Coisas ruins sempre acontecem comigo no final do ano, é como se meu inferno astral começasse quatro meses antes!

Eu estava animada, viajei, planejei fazer uma festa estrondosa em meu aniversário para comemorar o fim do quarto ciclo de sete anos - não entendeu, paciência, não estou com vontade de explicar.

Mas eis que o mundo desaba em sua cabeça. De repente, você se vê sozinha, sem ter em quem confiar, querendo virar uma ostra, querendo que tudo simplesmente desapareça. E você afunda. E quando está no fundo, você só pensa que não se deve ouvir ninguém, que palavras são só palavras, que atitudes insensatas por mais que sejam feitas com as melhores das intenções, se saem pela culatra, simplesmente não há volta e você coloca tudo a perder.

Então você volta à tona e pensa que todos merecem uma segunda chance, que vale a pena tentar seguir em frente porque se pode fazer diferente, sempre se pode fazer diferente, porque as pessoas não são ruins simplesmente por serem, porque você não é uma pessoa má, porque você é incapaz de faer algo realmente covarde com alguém.

Mas daí você afunda novamente e, lá no fundo, você olha para os lados e tudo o que vê é um imenso e doloroso vazio. E dói, dói demais estar vivo. Para que continuar? Para que manter a esperança em coisas que no final sempre te decepcionam? As pessoas, as atitudes, as palavras, o mundo te transformando em algo que você não reconhece! Então você simplesmente permanece lá embaixo e decide que não quer mais voltar porque aqui em cima é tudo demasiado intranqüilo, cruel e sem controle. Dói demais estar vivo e você não quer mais sentir isso!

2 comentários:

Anônimo disse...

Te entendo 100%.
Lembrei de uma frase da Clarice Lispector que nunca mais esqueci:

"Os que estiverem me lendo, levem um soco no estômago para ver se é bom. A vida é um soco no estômago"
(era mais ou menos isso hehe)

Mas no meu cérebro perturbado, conectei essa com uma outra frase, também dela, e sempre que penso na primeira, a segunda vem encaixada:

"E então, adoro"

Tem esperança pra gente Lu.
Tô com vc.

PS= Tem um jogador de rugby que chama Chabal. Se der, procura ele agora no Google Imagens e dá uma olhada. Compra um igual pra mim de Natal, Lu?

Meja disse...

Hummm, bem másculo este Chabal, heim?

Quanto à esperança? Enquanto houver esperança nós tentamos e eu não estou certa de que eu deva continuar, saca?

Gente, eu estou pertubada e pior que isso, estou chata!