quinta-feira, setembro 14, 2006

Aos poucos, o regresso


Well, well, well. Estive fora do ar por alguns dias, na verdade, fora de órbita mesmo. A impressão que tenho é que minha alma abandonou meu corpo e resolveu assistir de longe a tudo o que ele, sem ela, pode fazer de burrices, cagadas e outras cositas mais!

Vamos tentar voltar aos poucos. O bom de sair da órbita é que, em alguns momentos, sentimos mesmo que nossa alma precisa de um descanso para se refazer.

Acabei encontrando um texto de uma senhora chamada Rosana Braga que diz: "Assim como há um tempo de se expor e arriscar tudo em nome deste sentimento, também chega o tempo de se introspectar e recolher seu coração, ainda que o mesmo sentimento continue pulsando ou que você esteja na mesma relação. Somente cada um pode avaliar o quanto foi se distanciando de si mesmo em nome do outro, o quanto foi perdendo a direção de sua própria vida em busca de respostas que não são as suas. Além disso, estar em repouso é um ótimo estado para rever seus desejos e se questionar sobre o que realmente está fazendo de sua vida. Porque algumas vezes a gente simplesmente perde a referência e fica tão confusa que já não consegue perceber o que é que está buscando, para onde está indo, onde quer chegar."

É isso aí, estava sentindo tudo isso, mas como minha alma caiu fora, não estava conseguindo me expressar. Obrigada, Dona Rosana!

Vou tentar voltar a escrever porque me faz bem, também vou tentar olhar mais para meu interior e ver se as cagadas são realmente o que procuro. Tenho faro fino para tranqueira e isso está me assustando um pouco, mas se esta sou eu de verdade, querida, seja bem-vinda!

2 comentários:

Anônimo disse...

D. Rosana serviu tão bem para mim também. Somada à sessão de análise de ontem, parece que chegou o meu tempo de recolher o coração, colocá-lo num lugar tranquilo e usar a mente. Exatamente, as respostas que procuro não são as que posso dar, pois não são as minhas, mas sim a do outro. As minhas respostas, oh Deus, eu vou ter que dizer pra mim mesma, mesmo que isso seja um tormento. E, amiga, pela primeira vez em 16 anos de análise me foi feito um pedido. Ou até mais, uma promessa. E esta eu não vou poder quebrar. "Má, prometa para mim que vc não vai ligar até o dia de nossa próxima sessão". E eu prometi. Como é duro ouvir coisas que são do coletivo e que vc jamais imaginou que viveria por pura falta de conhecimento das malandragens da vida. Mas o principal é entender que isto não tem nada a ver comigo....
putz, muita coisa.
beijos. Ex-Ruiva da Escada de Incêndio, do Banheiro, do Camarim. Atual Ruiva Solitária

Anônimo disse...

Fico sempre lendo e pensando que isso tudo é muito custoso. É muito gasto de energia querer mergulhar no outro para deixar sua própria existência de lado. Então me irrito. Precisamos de alguém para nos perder, para ligar, para não ligar, para ver onde está, pensar no que ele está fazendo, sentindo, com quem está conversando?
Mas nesse tempo PERDIDO, mergulhado no outro e esquecendo do nosso caminho, para quem VC ligou? Para quem não ligou? Onde VC está? O que está pensando? Sentindo? Com quem está conversando? VC se lembra? Ou só deixou o tempo correr totalmente perdida(o) no outro. E no fim do caminho, o outro estará segurando sua mão?
Sim, eu me irrito.
Não, não é frieza.
Nem falta de esperança no amor. É o contrário!
Quero alguém para caminhar AO MEU LADO, não mergulhado em mim, ou eu no alguém. Se não for assim, fico como estou, obrigado.
E se depois de tanto esforço vc perceber que tudo não passou de meio artificial, do qual vc foi a(o) dona(o), para não cair num tédio entre o início e o fim? Um "recheio de reviravoltas"?