quarta-feira, setembro 27, 2006

Uma flor de mandrágoras


Será que mereço tudo isso? Não importa, foi feito pra mim e me sinto encantada!

uma flor de mandrágoras

vestida de terras azuis

enlaça o espaço das gavetas
e baila
nas linhas
de uma ode

beija o céu
de vozes
rompe os olhos

uma flor de mandrágoras

claridade negra

persiste

inquieta solidão de acasos

cindir o espaço
do verso

rocha magmática
que brota

de um vulcão
de colibris

a boca
borboleta de marfim

pousa

quietamente
num sol

de acarás bandeiras

aberto
no silêncio

das noites

Darwin Ferraretto

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