quinta-feira, julho 13, 2006

Em fogo morto


Li o livro de José Lins do Rêgo para um seminário no segundo colegial. Hoje, sinto que preciso relê-lo o mais rápido possível. A expressão que dá título ao livro "Fogo Morto" é exatemente como estou me sentindo agora. Como Lula de Holanda Chacon, personagem central da segunda parte do livro, não estou sabendo fazer minha vida prosperar, apenas levo-a a fogo morto, ou seja, sinto-me como um engenho que parou de produzir. Ao contrário de Lula, que possui ao seu lado uma filha - solteirona melancólica -, sua mulher Amélia - uma das poucas personagens fortes do romance - e uma cunhada alienada, estou sozinha agora!Nçao, não, quase só, ainda me restam meus psicotrópicos e meu gato Gary.

Ficar sozinha pode ser bom, faz com que pensemos sobre o que queremos e qual o rumo que estamos tomando. O problema é quando você pensa, e pensa, e pensa de novo e tudo o que vê é uma grande desilusão. Preciso me apaixonar por algo, ou alguém? Definitivamente, cansei de colocar minha felicidade nas mãos dos outros e ninguém merece este fardo. Deixe que da minha felicidade, ou a ausência dela, cuido eu. É menos problemático assim, eu acho...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, moça. Acompanho seu blog há um tempinho. Muito bom mesmo! Ah, a paixão... todos precisamos nos apaixonar...
Beijos e boa sorte.

Meja disse...

Bandini, quanta honra!
É, se apaixonar faz muito bem à alma, mas às vezes também pode despedaçá-la. A minha está em frangalhos, então é melhor que o tempo se encarregue de curá-la!
Apareça sempre, Arturo!