quarta-feira, junho 21, 2006

É devagar, é devagar, é devagar, devagarinho


Levando em consideração a máxima "o que é um peido para quem já está cagado", comprei a base da minha cama americana em cinco nada suaves prestações. Sim, eu precisava disto para me fazer feliz. A última extravagância antes do miserê total que espero não ter que passar, pois vou arrumar outro emprego em breve, nem que seja vendedora de raspadinha em Porto de Galinha.

Tenho um teste para um novo emprego hoje, o cara fez questão de esclarecer que dentre 120 currículos recebidos, só oito foram selecionados. Isso deveria me deixar no mínimo orgulhosa, mas minha confiança em relação a mim mesma não está lá estas coisas. Enfim, vamos ver o que rola.

Passei a manhã toda dormindo e brincando com meu gato até a hora da entrevista. Pensei em não ir porque não havia feito as unhas - ótima desculpa - acabei indo e sei lá, tá tudo tão devagar e eu adoraria tanto sentir meu chão tremer, nem que fosse por meio de um terremoto. Palavras sem sentido, desejos sem sentindo, e quem precisa de sentido para estar vivo?

4 comentários:

Anônimo disse...

"I didn't come this far for you to make this hard for me.
And now you want to ask me "how"?
It's like - how does your heart beat, and why do you breathe?
How does your heart beat, and why do you breathe?

Why did you come here?
You weren't invited.
You were on the outside - Stay on the outside.
And now you want to ask me "why"?
It's like - why does your heart beat, and how do you cry?
How does your heart beat?

And there are some things that I'd like to figure out.
There are some things that I can do without -
Like you, and your letters that go on forever,
And you, and the people that were never friends.
With all the things that you could be,
You never could learn how to be me.

And now you want to ask me "how"?
It's like - how does your heart beat, and why do you breathe?
How does your heart beat, and why do you breathe?" ("How", Lisa Loeb)

E ae Lu? Vim te perturbar pedindo conselhos (te pago tudo num montinho no fim do ano): Finjo que num eh comigo ou me apaixono?

Meja disse...

Perguntar pra mim se deve ou não se apaixonar é porque só pode querer ouvir um enorme SIM! Meu amigo, fingir que não é contigo só vai gerar sofrimento, ansiedade e perda de tempo. Tá, amor, às vezes, também pode ser bem angustiante - eu que o diga - mas é a melhor dor do mundo. Então cara, se entrega! Além do mais, quem foi que disse que nem tudo pode ser flores nesta vida?

Anônimo disse...

Por isso já vim direto perguntar pra vc! Vou ver que bicho pega. Como tá o Sr Lauro? Reinando?
Abraço ae..

Anônimo disse...

lOVE,
Lendo este texto me dei conta que eu também estou querendo que o chão trema. Bem tremido. Pode ser que hoje, depois do derramamento do caminhão de gás de cozinha, que tá me deixando louca e de barato, o mundo trema. Para mim, que estou pertinho da Marginal, isso pode acontecer. Mas não é de tremor desta natureza que estou falando. Digo que estou sentindo falta daqueles solavancos que começam no meio do estômago, desce, faz a perna bambear, sobe, faz o rosto corar. E depois tomam o corpo inteiro. Tá tudo devagar mesmo ou alguém mandou os humanos viverem como se existissem muitas vidas. Ou seja, pela metade, com cautela, sem cometer riscos, sem paixão?
Alguém decretou que a gente tem que se acomodar ou somos os últimos seres da face da Terra que ainda esperam uma vida cheia de coisas boas, com mais simplicidade, espontaneidade, emoção, ação? Tá difícil me adequar a estas regras cretinas que os humanos inventam. Com todas estas constatações, o que me resta mesmo é esperar que este gás todo que se espalhou pela cidade cause algo nos passantes e a gente tenha uma vida mais cheia de tremores.
Beijos,
Ma(zinha)